22º Domingo Após Pentecostes


Os Judeus submetidos ao império romano, deviam pagar anualmente
a César um tributo que lhes era tanto mais odioso quanto lhes feria diretamente
o espírito de domínio universal de que Israel acreditava ter recebido as promessas.
De maneira que, se Jesus respondesse à pergunta capciosa dos rabinos que deviam
pagar o tributo, indispunha o povo contra Ele; se respondesse que não, seria
condenado pela autoridade de Roma. Julga­vam-se portanto da posse dum meio que
lhes permitiria prender o Redentor.
Jesus, porém, com infinita sabedoria, sem procurar de
modo nenhum furtar-se ao astuto dilema, aproveitou a ocasião para nos dar uma
lição magnífica, dos nossos deveres cívicos e religiosos. De quem é esta imagem
e inscrição: Perguntou Ele aos Judeus. De César, responderam. Pois então, dai a
César que é de César e a Deus o que é de Deus. “A autoridade humana, que
governa com o poder que lhe vem de Deus, devem-se os tributos materiais” o
acatamento às suas leis justas. A Deus deve-se amor, serviço e adoração, tributados
de corpo e alma. Deve-se, de justiça, o culto litúrgico. Somos moeda cunhada
por Deus à sua imagem e semelhança. E Deus reclama essa moeda como
César a sua.
                                  O pároco celebra a Missa por intenção dos paroquianos.
Continuação do
Santo Evangelho segundo São Mateus: Naquele tempo
Reuniram-se então os fariseus para deliberar entre si
sobre a maneira de surpreender Jesus nas suas próprias palavras. Enviaram seus
discípulos com os herodianos, que lhe disseram: Mestre! Sabemos que és
verdadeiro e ensinas o caminho de Deus em toda a verdade, sem te preocupares
com ninguém, porque não olhas para a aparência dos homens. Dize-nos, pois, o
que te parece: É permitido ou não pagar o imposto a César? Jesus, percebendo a
sua malícia, respondeu: Por que me tentais, hipócritas? Mostrai-me a moeda com
que se paga o imposto! Apresentaram-lhe um denário. Perguntou Jesus: De quem é
esta imagem e esta inscrição? De César, responderam-lhe. Disse-lhes então
Jesus: Dai, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus.
Lefebvre, Dom Gaspar. Missal
Quotidiano e Vesperal. Bruges, Bélgica; Abadia de S. André, 1960.

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