Catecismo Romano: Revisão da primeira parte do Catecismo (O Credo) VI

CAPÍTULO VIII

Do sétimo artigo do “Credo”

“Quando o Filho do homem vier em sua glória com todos os seus anjos, então se assentará no seu trono glorioso. Em sua presença, todas as nações se reunirão e ele vai separar uns dos outros, como o pastor separa as ovelhas dos cabritos. Colocará as ovelhas à sua direita e os cabritos, à esquerda. E o rei dirá aos que estiverem à sua direita: ‘Vinde, abençoados por meu Pai! Tomai posse do Reino
preparado para vós desde a criação do mundo. Porque tive fome e me destes de comer, tive sede e me destes de beber, fui peregrino e me acolhestes e, estive nu e me vestistes, enfermo e me visitastes,
estava na cadeia e viestes ver-me’. E os justos perguntarão: ‘Senhor, quando foi que te vimos com fome e te alimentamos, com sede e te demos de beber? Quando foi que te vimos peregrino e te acolhemos, nu e te vestimos? Quando foi que te vimos enfermo ou na cadeia e te fomos visitar?’ E o rei dirá: ‘Eu vos garanto: todas as vezes que fizestes isso a um desses meus irmãos menores, a mim o fizestes’. Depois dirá aos da esquerda: ‘Afastai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos. Porque eu tive fome e não me destes de comer, tive sede e não me destes de beber, fui peregrino e não me destes abrigo; estive nu e não me vestistes, enfermo e na cadeia e não me visitastes’. E eles perguntarão: ‘Senhor, quando foi que te vimos faminto ou sedento, peregrino ou enfermo ou na cadeia e não te servimos?’ E ele lhes responderá: ‘Eu vos garanto: quando deixastes de fazer isso a um desses pequeninos, foi a mim que não o fizestes’. E estes irão para o castigo eterno, enquanto os justos, para a vida eterna”. (Mt 25, 31-46)


124) Que nos ensina o sétimo artigo do Credo: de onde ha de vir a julgar os vivos e os mortos?
O sétimo artigo do Credo ensina-nos que no fim do mundo Jesus Cristo cheio de glória e de majestade, há de vir do Céu para julgar todos os homens, bons e maus, e para dar a cada uni o prêmio ou o castigo que tiver merecido.

125) Se cada um, logo depois da morte há de ser julgado por Jesus Cristo no juízo particular, por que havemos de ser julgados todos no Juízo universal?
Havemos de ser julgados todos no Juízo universal por várias razões:
1) para glória de Deus;
2) para glória de Jesus Cristo;
3) para glória dos Santos;
4) para confusão dos maus;
5) finalmente para que o corpo, depois da ressurreição universal, tenha juntamente com a alma a sua sentença de prêmio ou de castigo.

126) Como é que no Juízo universal há de manifestar-se a glória de Deus?
No Juízo universal há de manifestar-se a de Deus, porque todos hão de reconhecer ti justiça com que Deus governa o mundo, embora se vejam às vezes os bons a sofrer e o maus em prosperidade.

127) Como é que no Juízo universal há de manifestar-se glória de Jesus Cristo?
No Juízo universal há de manifestar-se a glória de Jesus Cristo, porque, tendo Ele sido injustamente condenado pelos homens, aparecerá então à face do mundo inteiro como Juiz supremo de todos.

128) Como é que no Juízo universal há de manifestar-se a glória dos Santos?
No Juízo universal há de manifestar-se a glória ,los Santos, porque muitos deles, que morreram desprezados pelos maus, hão de ser glorificados em presença de todos os homens.

129) No Juízo universal qual será a confusão dos maus?
No Juízo universal a confusão dos maus será enorme, especialmente a daqueles que oprimiram os justos, e ti daqueles que, durante a vida, procuraram ser tidos, falsamente, por homens virtuosos e bons, pois verão manifestados, à vista de todo o inundo, os pecados que cometeram ainda os mais ocultos.

CAPÍTULO IX

Do oitavo artigo do “Credo”

“Chegando o dia de Pentecostes s, estavam todos reunidos no mesmo lugar. De repente veio do céu um ruído, como de um vento impetuoso, que encheu toda a casa em que estavam sentados. Viram aparecer, então, uma espécie de línguas de fogo, que se repartiram e foram pousar sobre cada um deles. Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas u, conforme
o Espírito Santo lhes concedia que falassem.* Ora, em Jerusalém moravam judeus, homens piedosos, de todas as nações que há debaixo do céu. Ouvindo aquele ruído, acorreu muita gente e se maravilhava de que cada um os ouvisse falar em sua própria língua. Profundamente mpressionados, manifestavam sua admiração e diziam: “Estes que estão falando não são todos galileus? Como, então, todos nós os ouvimos falar, cada um em nossa própria língua materna? Partos, medos, elamitas, os que habitam a Mesopotâmia, a Judéia, a Capadócia, o Ponto, a Ásia, a
Frígia, a Panfília, o Egito e as províncias da Líbia, próximas de Cirene, peregrinos romanos, judeus ou convertidos ao judaísmo, cretenses e árabes – todos os ouvimos falar as grandezas de Deus em
nossas próprias línguas. Atônitos e fora de si, diziam uns para os outros: “O que quer dizer isso?” Outros, zombando, diziam: “Eles estão cheios de vinho”. (Atos 2, 1-13)


130) Que nos ensina o oitavo artigo do Credo: creio no Espírito Santo?
O oitavo artigo elo Credo ensina-nos que existe o Espírito Santo, terceira Pessoa da Santíssima Trindade, e que Ele é Deus eterno, infinito, onipotente, Criador e Senhor de todas as coisas, como o Padre e o Filho.

131) De quem procede o Espírito Santo?
O Espírito Santo procede do Padre e do Filho como de um só princípio, por via de vontade e de amor.

132) Se o Filho procede do Padre, e o Espírito Santo procede do Padre e do Filho, parece que o Padre e o Filho existem antes do Espírito Santo. Como então se diz que são eternas todas as três Pessoas divinas? Diz-se que si o eternas todas as três Pessoas divinas, porque o Padre gerou o Filho desde toda a eternidade, e do Padre e do Filho procede o Espírito Santo, também desde toda a eternidade.

133) Por que a tecera Pessoa da Santíssima Trindade se designas particularmente com o nome de Espírito Santo?
Designa-se a terceira Pessoa da Santíssima Trindade particularmente com o nome de Espírito Santo, porque procede do Padre e do Filho por meio de expiração e de amor.
134) Que obra se atribui especialmente ao Espírito Santo?
Ao Espírito Santo atribui-se especialmente a santificação das almas.

135) O Padre e o filho santificam-nos também, como o Espírito Santo?
Sim, todas as três Pessoas divinas nos santificam igualmente.

136) Se assim Espírito Santo a santificação das almas?
Atribui-se em particular ao Espírito Santo a santificação das almas, porque é obra de amor, e as obras de amor atribuem-se ao Espírito Santo.

137) Quando o Espírito Santo desceu sobre os Apóstolos?
O Espírito Santo desceu sobre os Apóstolos no dia de Pentecostes, isto é, cinqüenta dias depois da Ressurreição de Jesus Cristo, e dez dias depois da sua Ascensão.

138) Onde ficaram os Apóstolos nos dez dias antes da festa de Pentecostes?
Os Apóstolos ficaram reunidos no Cenáculo em companhia da Virgem giz Maria e dos outros discípulos, e perseveravam na oração esperando o Espírito Santo que Jesus lhes havia prometido.

139) Quais foram os efeitos que o Espírito Santo produziu nos Apóstolos?
O Espírito Santo confirmou na fé os Apóstolos, encheu-os de luzes, de forças, de caridade e da abundância de todos os seus dons.
140) Foi enviado o Espírito Santo só aos Apóstolos?
O Espírito Santo foi enviado a toda a Igreja e a todas as almas fiéis. Terceiro Catecismo
141) Que opera o Espírito Santo na Igreja?
O Espírito Santo, como a alma no corpo, vivifica a Igreja com a sua graça e com os seus dons; estabelece nEla o reino da verdade e do amor; e assiste-Lhe a fim de que oriente os seus filhos com firmeza tio caminho do Céu.


(Fonte: Terceiro Catecismo da doutrina cristã - São Pio X)

Comentários

POSTAGENS MAIS ANTIGAS