Liturgia Católica II: A Reforma Litúrgica (Parte V)
Concílio Vaticano II |
Para a maioria das pessoas de nossos dias, as formas do Barroco não dizem nada. Mas isso não deve nos incitar a eliminar um elemento essencial da liturgia, como é o culto a Deus. A adoração a Deus, que se manifesta mediante o culto que a assembléia lhe rende, é um dever que se impõe a toda pessoa enquanto ente social (posto que tem sido criado “comunitário”). Este é o motivo pelo qual se rende culto a Deus, não somente no cristianismo, mas também na liturgia do Templo de Jerusalém, culto em que os mesmos apóstolos continuaram participando (cf. At 2,46); e também nas distintas civilizações do mundo antigo e igualmente entre os primitivos.
Como na época do barroco o povo, ainda que vivendo a liturgia oficial em seu interior, não podia participar nela ativamente, desenvolveu novas formas populares de devoção, como a oração das Quarenta Horas ou as Flores do mês de maio. Estas formas estavam profundamente enraizadas nos costumes religiosos.
Ao mesmo tempo que a missa oficial, por sua solenidade, atraía os fiéis, estas novas formas de devoção foram, durante a Contra-Reforma, os pilares do renascimento do catolicismo. Sem dúvida, não se pode negar uma importante falta desta liturgia barroca: os sermões que se pronunciavam tinham pouca profundidade doutrinal; os dogmas centrais da fé eram deixados de lado e, em contrapartida, dava-se especial relevo a verdades periféricas.
Fonte: A Reforma Litúrgica Romana - Monsenhor Klaus Gamber - Fundador do Instituto - Tradução por Luís Augusto Rodrigues Domingues (Teresina, PI - 2009) - Litúrgico de Ratisbona - Revisão por Edilberto Alves da Silva
Comentários