Os comunistas de cartola

Felipe Marques Pereira*

As multinacionais estão acima dos conflitos internacionais. A BRF esta na Rússia e nos Estados Unidos, sua administração se equipara a de um país, seu lucro é maior do que o PIB de alguns países. Ela é ecumênica, processa carne pelo método halal para oriente médio, pelo método Kosher para Israel e hambúrgueres para o MacDonald’s. Parece até uma pastoral do Vaticano II!

As empresas privadas, em geral, costumam desenvolver atividades nas comunidades locais em que estão inseridas, como, por exemplo, a pavimentação de uma rua, a restauração de um prédio histórico ou a execução de projetos sociais voltados para crianças carentes. Quase todo mundo já viu em alguma rua da sua cidade uma placa de metal fixada na parede com os dizeres: Participação comunitária do grupo... Ou algo do tipo.

Uma empresa privada, então, pode beneficiar muito a sociedade suprindo as deficiências da máquina pública, mas ela também pode se tornar cúmplice em uma revolução, na derrubada de um governo ou de um sistema econômico.

Algumas vezes seu comprometimento com as mudanças culturais é explicito, tomemos novamente como exemplo a BRF. No seu periódico interno, a revista Viva BRF, o CEO global Cláudio Galeazzi declara:

<Há tempos não medimos esforços para transformar nossa cultura e, agora, chegou à hora de olharmos com mais atenção para onde queremos estar daqui a algum tempo>

Comunistas de Cartola

Para um empresário que conquistou sucesso no seu ramo de negócios e se tornou líder ou referência no mercado o capitalismo não é mais tão útil. Ele permite a ascensão de novos concorrentes. Isso explica, em parte, os financiamentos e doações de grandes empresas para as campanhas de políticos socialistas ou comunistas visando à criação de um Estado intervencionista que dificulte a iniciativa privada através de exigências cada vez maiores que restringem a sua atividade econômica.

Um caso concreto aconteceu no ano passado quando o grupo Zaffari, umas das maiores redes de supermercados do Brasil, doou cerca de 50 mil reais para a campanha da candidata a presidência Luciana Genro (PSOL) **.

A Santa Igreja Católica condena tanto o Comunismo quanto o Capitalismo. Ambos fazem de um modelo econômico uma bandeira para remodelagem radical da sociedade, separando a economia da moral.

* Felipe Marques Pereira é um escritor de cunho conservador. Católico leigo estudou na PUC/PR. Para entrar em contato envie um e-mail para:



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