Do Latim a... língua presa do Lula
Felipe
Marques Pereira *
Se a Igreja Católica evitava traduzir a bíblia para as línguas
nacionais é por que nas línguas locais não se encontravam certas palavras
equivalentes que traduzissem com fidelidade o latim e o grego. Na idade média
não havia essa necessidade. O Latim era uma língua "universal", assim
como o inglês hoje.
A língua universitária que sobreviveu, por exemplo, nas ciências
biológicas e no direito, era tão comum que a vulgata, versão bíblica usado pelo clérigo na idade média,
significa justamente "vulgar",
"comum". O medo e o zelo
apostólico também contribuíram com a restrição das traduções bíblicas. As
Sagradas Escrituras alertam sobre as penas que caíram sobre aqueles que
adulterarem a Palavra de Deus:
"Eu, João, aviso solenemente
aos que ouvem as palavras proféticas deste livro: se alguma pessoa acrescentar
a elas alguma coisa, Deus acrescentará ao castigo dela as pragas descritas
neste livro" (AP 22:18)
J. L. Hurlbut falando sobre o despertar da literatura, da
arquitetura e das artes em geral durante a idade média, atribuiu a explosão
criativa dessa época ao impulso dado pela Igreja Católica na criação e
manutenção das universidades, que em sua maioria eram gratuitas.
"Durante a Idade
Média, fundaram-se todas as grandes universidades, iniciadas principalmente por
eclesiásticos e com origens nas escolas ligadas as catedrais e aos
mosteiros", explica Hurlbut. [1]
Nas bibliotecas dos mosteiros, guardavam-se muitas das mais
antigas obras da literatura clássica e cristã. Os monges copiavam e traduziam
obras, eram responsáveis por escrever bibliografias de personagens importantes,
além de crônicas do seu tempo e histórias do passado. Hurbut chega afirmar que
se não fosse o registro deixado pelos monges "A idade média teria passado em branco". Os monges eram
os principais e praticamente únicos educadores da juventude.
O MEC
durante o governo do PT esteve mais preocupado com a distribuição de
preservativos e revistas em quadrinhos com personagens homossexuais nas
escolas, do que propriamente com a formação intelectual dos nossos jovens.
O
ministro da educação achava uma opressão impor regras gramaticais a maneira
como a criança se expressa. Sendo que a principal finalidade da linguagem é o
entendimento, opressão é não dar as crianças mecanismos básicos para serem
entendidas quando comunicam suas necessidades, opiniões, etc. Coisa que só se
torna possível através de um consenso comum de regras linguísticas sobre os
símbolos verbais - escritos ou não - que devem ser transmitidas as crianças.
Com a qualidade da educação brasileira o governo do PT arriscou trocar a língua portuguesa pela língua presa do Lula.
Com a qualidade da educação brasileira o governo do PT arriscou trocar a língua portuguesa pela língua presa do Lula.
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NOTAS
[1] HURLBUT, Jesse Lyman. História da Igreja cristã. ED. Vida.
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Essa
coluna esta sendo atualizada aos domingos, segundas ou terças-feiras.
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Felipe Marques Pereira é um escritor conservador. Católico leigo estudou na
PUC/PR.
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