8 DE DEZEMBRO - SOLENIDADE DA IMACULADA CONCEIÇÃO DE NOSSA SENHORA (FESTA DE PRECEITO)





Tota pulcra és! Toda sois formosa, Ó Maria, e em vós não há mácula original". Essa exclamação que a Santa Igreja coloca nos nossos lábios é bem o grito da humanidade inteira, que traz consigo, gravadas na sua carne, as conseqüências funestas do pecado diante da pureza imaculada de Maria a Mãe do Verbo de Deus. Maria traz consigo todas as graças de santidade e fez assim da sua alma, que ilibou do pecado, digna da morada do filho de Deus.

Esta redenção total que assim preservou a Virgem, desde a Conceição, da mancha das conseqüências do pecado de Adão, não deve separar-se da nossa própria redenção. A festa da Imaculada anuncia, no coração do Advento, os esplendores da Encarnação Redentora. A festa que hoje celebramos e que foi instituída por Pio IX, trata-se da confirmação do dogma, que conheceu vários precedentes. Já no
século VIII se celebrava no Oriente a festa da Imaculada Conceição, que vamos encontrar no século IX na Irlanda e no século XI na Inglaterra.

Estas festas são o testemunho do culto tradicional da pureza tão desprezada e ridicularizada na sociedade mundana pós-revolução sexual dos anos 60. Tal devoção deve ser mais que propagada nos dias atuais, em que o pecado e a destruição de valores têm sido motivos de elogios e louvores dos homens "modernos".

Epístola

Leitura do Livro da Sabedoria (Prov 8, 22-35): O Senhor me criou, como primícia de suas obras, desde o princípio, antes do começo da terra. Desde a eternidade fui formada, antes de suas obras dos tempos antigos. Ainda não havia abismo quando fui concebida, e ainda as fontes das águas não tinham brotado. Antes que assentados fossem os montes, antes dos outeiros, fui dada à luz; antes que fossem feitos a terra e os campos e os primeiros elementos da poeira do mundo. Quando ele preparava os céus, ali estava eu; quando traçou o horizonte na superfície do abismo, quando firmou as nuvens no alto, quando dominou as fontes do abismo, quando impôs regras ao mar, para que suas águas não transpusessem os limites, quando assentou os fundamentos da terra, junto a ele estava eu como artífice, brincando todo o tempo diante dele, brincando sobre o globo de sua terra, achando as minhas delícias junto aos filhos dos homens. E agora, meus filhos, escutai-me: felizes aqueles que guardam os meus caminhos. Ouvi minha instrução para serdes sábios, não a rejeiteis. Feliz o homem que me ouve e que vela todos os dias à minha porta e guarda os umbrais de minha casa! Pois quem me acha encontra a vida e alcança o favor do Senhor.


Evangelho da Festa:
Continuação do Santo Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas (Lc 1, 26-28): Naquele tempo: No sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galiléia, chamada Nazar é, a uma virgem desposada com um homem que se chamava José, da casa de Davi e o nome da virgem era Maria. Entrando, o anjo disse-lhe: Ave, cheia de graça, o Senhor é  contigo
Lefebvre, Dom Gaspar. Missal Quotidiano e Vesperal. Bruges, Bélgica; Abadia de S. André, 1960.

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